domingo, 30 de outubro de 2016

Gatos, do parto aos primeiros cuidados.









por Dra.Cynthia Brandão (*)


Os cuidados com gatos recém-nascidos não são tão enfáticos quanto os com cachorros, mas uma atenção especial deve ser dada. Deve-se preparar o local onde os felinos vão ficar antes mesmo da data provável do parto. O ambiente deve ser seguro, tranquilo, com temperatura ideal e que dê conforto tanto para a mãe como para os filhotes.



Uma semana antes do parto deve-se reservar uma caixa de papelão ou madeira de tamanho médio para acomodar confortavelmente a fêmea e a ninhada. Um dia antes do parto, a gata para de comer e vai procurar sua caixa.

O parto começa com as contrações, mas, se a fêmea estiver fazendo força por muito tempo ou perder mais de uma colher de sopa de sangue e nenhum filhote nascer, é necessária a intervenção veterinária.

Depois de dar à luz o primeiro filhote, o intervalo entre os nascimentos pode ir de 10 minutos a duas horas. A própria mãe corta o cordão umbilical e lambe o filhote para estimulá-lo e secá-lo. Pode ser que a gata coma a placenta, pois, por instinto, a fêmea mantém o ambiente limpo, para não atrair predadores.

“É importante que fiquem em uma caixa forrada com panos limpos, pois, se ficarem em um local que não seja cercado, o filhote pode se afastar da mãe e dos outros filhotes e morrer por hipotermia (temperatura abaixo do normal), já que filhotes têm dificuldade em controlar a temperatura corporal. Por esse mesmo motivo, o local escolhido deve ter temperatura amena (nem muito abafado, nem expostos a correntes de ar ou ar-condicionado)”, afirma a veterinária especializada em gatos Cynthia Brandão.

A partir de então a gata vai passar praticamente todo o dia na caixa, saindo apenas para fazer suas necessidades. Por isso é bom colocar água e comida perto para os filhotes não ficarem sozinhos. A própria mãe se encarrega da limpeza da cria e da caixa, lambendo os genitais e ânus dos filhotes e comendo os dejetos.

Algumas fêmeas são menos hábeis com as crias e algumas delas chegam a rejeitar seus filhotes. Neste caso, o recomendado é procurar uma gata que esteja produzindo leite e que aceite os filhotes ou, então, oferecer leite na mamadeira, de hora em hora. A ausência da mãe faz com que o dono tenha de massagear e estimular os gatinhos a defecar.

Aos 15 dias, os bebês já estão com os olhos abertos e dão os primeiros passos. A partir dos 45 dias, já podem ficar distantes da mãe embora seja recomendável que isso aconteça apenas a partir dos 60 dias.

É importante ter o cuidado de não separar todos os filhotes de uma vez, pois a fêmea pode ficar desesperada procurando a cria. Sem os "consumidores", o leite vai empedrar, podendo provocar mastite (inflamação das mamas, com febre, perda de apetite e dor).




Alimentação

Como animais independentes, os gatos cuidam de sua própria alimentação logo após o parto. A mãe posiciona os filhotes próximos da mama para que os mesmos já consigam obter o leite e assim poderem se alimentar. “O ideal é que eles mamem até pelo menos os 2 meses de idade. Não é preciso suplementar com outro alimento. É aconselhável que a mãe se alimente com ração para filhotes desde o terço final da gestação até o filhote desmamar. Se por acaso a mãe morrer ou rejeitar os filhotes, deve-se alimentá-los com leite artificial próprio para gatinhos recém-nascidos (existem bons produtos no mercado), a cada 2 horas”, explica a veterinária Cynthia Brandão.

Alimentá-los no início poderá ser difícil, pois normalmente os filhotes estranham o bico de borracha das mamadeiras. Também se pode tentar uma seringa sem agulha. Porém o instinto da alimentação os fará com que, aos poucos, aceitem. O animal nunca deve ser alimentado de barriga para cima, pois o leite pode ir para os pulmões. Se mesmo assim eles rejeitarem a mamadeira, é necessário procurar a ajuda de um veterinário.

A partir da terceira semana, os gatinhos mamam apenas duas vezes ao dia. Nesse período já é possível deixar disponível um pires raso com leite fresco para que o animal vá se acostumando a beber sozinho. A partir de quarenta semanas, os gatos costumam iniciar com comida para gatos adultos.



Desmame
Os primeiros dentes a surgir são os incisivos e, no caso dos gatos, o surgimento ocorre entre a 2ª e a 3ª semana de idade. Isso causa desconforto às fêmeas amamentantes, que começam a rejeitar as mamadas.

Nesse mesmo período, a ninhada já se mostra mais ativa, se interessa mais pelo ambiente a sua volta e os filhotes necessitam de uma fonte maior de energia para seu crescimento. A produção de leite da gata também começa a cair a partir da 3ª ou 4ª semana após o parto (quando ocorre o pico de lactação) e as fêmeas podem regurgitar alimentos como forma de complementar a nutrição de seus filhotes. Sendo assim, o ideal é iniciar o desmame por volta da quarta semana de vida, oferecendo alimentação semissólida (ração seca umedecida com água ou leite, papinhas de desmame, comida caseira) aos filhotes; os gatos progressivamente diminuem as mamadas e ingerem uma maior quantidade do alimento sólido, adaptando-se gradativamente.

A alimentação sólida pode ser composta por comida caseira ou ração específica para filhotes. A frequência de alimentação varia conforme a idade dos filhotes: antes de 90 dias são 5 refeições diárias, a partir dos 90 dias, 4 refeições, e dos 6 meses a 1 ano, 3 refeições diárias. Vale lembrar que o fornecimento de água limpa e fresca também é muito importante para o bom desenvolvimento dos filhotes.



Vacinas

A vacinação é, sem dúvida, um dos cuidados mais importantes, tanto para os filhotes como para os gatos adultos, porém não se deve vacinar um animal com menos de 45 dias de idade. Nessa idade as vacinas são neutralizadas pelos anticorpos passados da mãe para o filhote.

Os animais devem ser imunizados antes de começarem a ter contato com outros felinos. É importante também fazer o reforço anual das vacinas.
Existem muitas doenças virais que podem aparecer em gatos e causam grande número de mortes, principalmente nos filhotes.

Todos os gatos a partir de dois meses devem ser vacinados pelo menos uma vez por ano. As doenças prevenidas com as vacinas são a rinotraqueíte, a calicivirose, a panleucopenia, a leucemia felina e a clamidiose.

O ciclo de vacinas se inicia com 60 dias, com a 1ª dose vacina múltipla. 30 dias depois se aplica a 2ª dose e novamente aguarda-se o mesmo período para aplicar a vacina antirrábica.



Cuidados gerais
Gatos são animais que vivem de forma muito independente, diferente dos cães. Enquanto filhotes deve-se preocupar apenas com a alimentação, higienização e acomodação deles. A alimentação deve ser feita de forma paciente. Para gatinhos recém-nascidos, deve-se dar o leite pelo menos cinco vezes ao dia ou toda vez que eles chorarem. Quando for dar, basta amornar um pouco da mistura e dar com a ajuda de uma seringa sem agulha.

Filhotes só fazem xixi e cocô quando estimulados pela mamãe gata. No caso de órfãos, após alimentá-los, é necessário pegar uma gaze umedecida em água quente e esfregar na área genital e anal do gatinho várias vezes. Ele irá fazer xixi ou cocô, e após isso é preciso fazer a limpeza com o paninho úmido e depois secar com um paninho seco.
É importante sempre manter os animais aquecidos e em um local seguro e aconchegante, para que eles não sintam medo e não fiquem chorando.

A veterinária Cynthia Brandão recomenda também que não se deve deixar panelas com conteúdos quentes com o cabo para fora, pois o gato pode pular e derramar em cima dele. Após usar o fogão, abaixar a tampa, pois o animal pode pisar na grelha quente e adquirir uma queimadura nos pés.

Uma dica importante também é não deixar linhas de qualquer tipo (fio dental, lã, linha de costura, etc.) pela casa, pois os gatos adoram brincar com isso e acabam engolindo as linhas, o que provoca uma lesão grave no intestino, cujo tratamento é cirúrgico, e muitas vezes pode causar a morte do bicho.




(*)Cynthia Brandão da Costa Maia é médica-veterinária (CRMV-ES 637) pelo Centro Universitário Vila Velha e especializada em Residência em Clínica Médica de Pequenos Animais pelo UVV e em Clínica Médica de Felinos pelo Instituto Qualittas.

sábado, 29 de outubro de 2016

Como reduzir a queda nos pelos dos gatos






por Dr. Marlos Gonçalves Sousa(*)




Os gatos são animais extremamente dóceis e espertos, mas que causam certa resistência por parte de algumas pessoas devido ao excesso de pelos que eliminam. Em casas que possuem crianças com asma, por exemplo, é recomendável que se evite o contato com o animalzinho, já que os pelos podem ser um dos agentes causadores das crises.

De acordo com o médico-veterinário Dr. Marlos Gonçalves Sousa, como qualquer ser vivo coberto de pelos, é completamente normal que os gatos troquem a pelagem, mas é importante salientar que a queda fisiológica, isto é, aquela que é considerada normal, não deve ser exagerada nem resultar em áreas alopécicas (sem pelos). Também vale destacar que as raças de pelos longos perdem, proporcionalmente, mais pelos que aquelas de pelame curto.

Apesar destes felinos eliminarem muitos pelos, existem diversas formas para reduzir o problema. Saiba quando a queda passa a ser preocupante e veja dicas de como reduzir o problema com alguns cuidados de higiene básicos.



A escovação dos pelos com materiais adequados pode reduzir o problema?

Sem dúvida a escovação diária dos pelos minimizará a queda fisiológica acentuada. Isso se deve ao fato da escovação remover sistematicamente os pelos soltos e aqueles cujas raízes já estão enfraquecidas e que se desprenderiam naturalmente dentro de pouco tempo. Cabe salientar a importância de se empregar escovas apropriadas, que não lesionem a pele do animal, pois isso poderia "abrir portas" para infecções dermatológicas.


Quando a queda de pelos é excessiva, ela pode representar algum problema mais sério?

Sim, a queda excessiva de pelos ou mesmo a existência de áreas sem pelos pode sugerir enfermidades dermatológicas, sistêmicas e até mesmo deficiências nutricionais. Vale destacar que nem todas as doenças de pele provocam coceira, de modo que a constatação de queda intensa dos pelos e/ou áreas alopécicas, mesmo na ausência de coceira, pode estar relacionada a importantes enfermidades que só o médico-veterinário poderá diagnosticar de maneira apropriada.


Quais cuidados o dono deve ter nesse caso?

Se o proprietário notar queda acentuada dos pelos ou áreas já sem pelos, é importante levar o bichinho a um médico-veterinário, que realizará os procedimentos necessários para identificar e tratar a causa desse distúrbio. Doenças fúngicas, parasitárias, bacterianas e alimentação inadequada estão entre as possíveis causas do problema, mas a etiologia exata só poderá ser definida após criterioso exame do animal pelo médico-veterinário.



E em relação ao banho e à higiene, quais cuidados são tomados para que o gato tenha um pelo mais bonito?

Os banhos de rotina devem ser realizados com intervalos não inferiores a uma semana, empregando-se produtos apropriados para a pele felina. Já na primeira consulta com o médico-veterinário, deve-se buscar informações a respeito do produto apropriado, mas, normalmente, não são recomendados xampus e/ou sabonetes convencionais para uso humano. Também é importante escovar periodicamente o pelo do animal, empregando-se escovas de cerdas adequadas, que não lesionem a pele do gato.



Por que os gatos se lambem? Os pelos ingeridos durante essa atividade não podem trazer algum problema gastrointestinal ao bichinho?

Trata-se de uma característica intrínseca à espécie felina, mantida com a evolução da espécie ao longo dos séculos. Quando o gato realiza o "grooming" faz não apenas a limpeza dos pelos, mas também os "coloca no lugar". Contudo, esse comportamento propicia a ingestão de pelos, que, particularmente nas raças de pelos longos, podem se acumular no trato digestório, formando bolas, os chamados pilobezoários, e causando problemas, como vômitos. A maneira mais simples de prevenir sua ocorrência é realizando a escovação sistemática do animal para remover os pelos soltos antes que sejam ingeridos, além de manter as medidas de higiene e limpeza adequadas.





(*)Dr. Marlos Gonçalves Sousa é médico-veterinário com residência em Clínica Médica de Pequenos Animais pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Jaboticabal-SP; mestre e doutor em Clínica Médica Veterinária pela UNESP-Jaboticabal-SP; professor de Clínica Médica de Pequenos Animais junto à Escola de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Tocantins, campus de Araguaína-TO, desde 2006. Autor de mais de 45 artigos científicos em periódicos indexados, 5 capítulos de livro e mais de 140 resumos publicados em congressos nacionais e internacionais.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Espécies Raras de Felinos.


Espécies Raras de Felinos. 



O grupo WWF conseguiu fotografar cinco espécies raras de felino durante expedição em florestas à Ilha de Sumatra, na Indonésia, que perde espaço para o desmatamento. A pesquisa, que ocorreu em uma área chamada Bukit Tigapuluh conseguiu fotografar um tigre da Sumatra, um leopardo-nebuloso, um gato-marmorado, um gato-dourado e um leopardo.
Tigre da Sumatra // Crédito: WWF-Indonesia/PHKA

Quatro das espécies estão protegidas pelo governo e estão na lista de animais ameaçados de extinção da União Internacional de Conservação da Natureza. Todos os animais foram vistos em um corredor de floresta não protegido e seriamente ameaçado por plantações.




Leopardo-nevado // Crédito: WWF-Indonesia/PHKA






A pesquisa da WWF pelo corredor levou três meses e conseguiu mais de 404 imagens de gatos selvagens. Segundo representantes da ONG, pela alta concentração de felinos ameaçados, as licenças para exploração das áreas próximas deveriam ser revistas pelo governo do arquipélago.




Gato-marmorado // Crédito: WWF-Indonesia/PHKA



Gato-dourado // Crédito: WWF-Indonesia/PHKA
Fonte: Revista Galileu

Gatos no verão: o que fazer?.










por Dra. Laila Massad Ribas(*)




O verão vai chegar, mas o sol forte e as altas temperaturas já estão aí e não são só os humanos que querem sombra e água fresca nesta época do ano, os gatos também.




Segundo a veterinária especialista em felinos, Dra. Laila Massad, os gatos também sentem calor e costumam deitar com a barriga para baixo em superfícies mais frias da casa, como o piso do banheiro ou da cozinha. A veterinária chama a atenção para o fato de que os gatos raramente ficam com a língua para fora, como os cães, e que se isso ocorrer é porque o calor está prejudicando demais o bichano. Nesse caso o aconselhável é procurar um especialista.




Muitos donos pensam em cortar o pelo dos gatos nesta época do ano, mas Laila explica que essa deve ser uma atitude bem pensada, pois muitos gatos se estressam demais com esse procedimento. "Se o gato estiver habituado, então não há problema, mas a cauda e a cabeça nunca devem ser tosadas", diz ela.




O conselho de Laila é deixar sempre água fresca disponível para o bichano, assim como acesso à sombra e locais frescos da casa. Para incentivar o gato a beber mais água, a dica de Laila é colocar pedrinhas de gelo dentro do reservatório de água, que deve ser bem largo (nesse caso, as vasilhas de cachorros grandes são ótimas). Para aqueles gatos que só bebem água na torneira, o recomendado é comprar fontes de água.




No verão é comum gatinhos machucarem suas patas no chão quente ou terem a temperatura corporal muito elevada caso não consigam resfriar o corpo. Se a casa é muito quente merece um ventilador ou ar-condicionado e se o clima for muito seco (especialmente na região Nordeste do país) toalhas molhadas devem ser espalhadas pela casa, baldes com água ou umidificadores de ambiente.




O que muita gente não sabe é que os gatos também podem ter câncer de pele. A veterinária explica que o chamado carcinoma é o tipo de câncer de pele mais comum nos gatos e é causado pela exposição contínua ao sol. Gatos de pele branca são os mais suscetíveis. Para prevenir deve-se evitar a exposição ao sol, especialmente nos horários de pico (entre as 10h e as 15h), e aplicar protetor solar especial para gatos.

Gatos com focinho curto, como o persa, o himalaio e o exótico, têm dificuldade de perder calor pelas narinas e são mais suscetíveis a ter a temperatura corporal elevada num grau que seja prejudicial à vida do gato. Esses animais devem receber atenção redobrada no calor.



(*)Dra. Laila Massad Ribas é médica veterinária especialista em felinos. Mestrado e doutorado pela faculdade de medicina da USP. Atualmente faz especialização em medicina felina pela Anclivepa-SP. É autora do www.portalmedicinafelina.com.br.


Fonte: idmedpet.com.br

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Veterinários pedem mais amor aos gatos idosos.






Veterinários pedem mais amor aos gatos idosos.
por Camila Turtelli



Alguns encaram a terceira idade numa boa, mas as mudanças que acontecem nessa fase pedem atenção

Segundo os médicos veterinários, a média da expectativa de vida de um gato doméstico é de 15 a 16 anos. Porém, a vira-lata Grampola desafia essa e muitas outras leis sobre a velhice felina. 

A gata está com 18 anos, não costuma frequentar os consultórios veterinários e não apresenta até hoje muitos dos sinais comuns à terceira idade da espécie. “Eu e ela nunca ficamos doente. E ela não tem quase nada de idosa, nem pelos grisalhos eu consigo identificar nela”, diz o artista multimídia Aran Carriel, 34, vocalista da banda Autoboneco e dono da gata.

Aran passou a ser o dono de Grampola quando ela tinha 2 anos. Ela era a gata da vizinha, mas um belo dia resolveu mudar de casa e foi aceita pelos moradores. A gata foi castrada logo nessa época. Seu cardápio não é o mais indicado pelos médicos. “Ela come de tudo e até hoje toma leite”, conta Aran. Durante sua longa vida de gato, Grampola chegou a desaparecer por quase um mês, mas foi encontrada e voltou para casa. 

“Mas ela é ranheta e, depois que ficou velha, passou a fazer xixi fora do lugar. Engraçado que, quando faz no box do banheiro, sabe que pode, então, quando tá brava comigo ou enciumada, faz no meu tênis novo, por exemplo”, conta Amanda Rocha, parceira de Aran.

Os sinais/ Para os pesquisadores da área sinais de envelhecimento nos gatos podem surgir a partir dos 7 anos. Aos 12, os gatos precisam de mais cuidados, mas é bom começar a prevenção mais cedo.



“Envelhecimento não é doença. É um processo fisiológico irreversível que faz parte da vida de todo ser vivo. Para que um gato envelheça com saúde, um dos principais fatores é a alimentação adequada. Cada caso é particular, e só o médico-veterinário pode indicar o melhor alimento para as necessidades de cada gato”, explica Sandra Nogueira, veterinária da Royal Canin do Brasil. Alguns sinais podem ser facilmente identificados pelo proprietário, enquanto outros só ficam evidentes para os profissionais com ajuda de exames. “Por isso, é importante fazer check-ups anuais após os sete anos de idade”, recomenda a veterinária.

Gatos em idade avançada podem exigir mais cuidados e atenção, porém, eles têm muito mais carinho e dedicação ao dono para retribuir. 

Os gatos idosos têm um charme único. “A vizinhança toda ama a Grampola, todos meio que chegam a compartilhar a guarda dela”, conta Amanda sobre o amor felino.


Conheça os sinais da velhice


Sedentarismo e algumas doenças aparecem nessa fase


Sedentarismo

O desgaste das articulações, consequência natural do envelhecimento, dificulta a mobilidade e os gatos costumam evitar subir escadas e móveis. Ao mesmo tempo, o período de sono e repouso pode aumentar

Problemas renais e gastrointestinais

Gatos idosos, normalmente, ingerem menos água. Este fator, associado ao aumento da necessidade de líquido, aumenta o risco de desidratação e comprometimento da função renal. Além disso, ocorrem alterações gastrointestinais que interferem na capacidade de absorção de nutrientes e na consistência das fezes.


Envelhecimento cerebral

Gatos idosos também podem apresentar sintomas de disfunção cognitiva devido ao envelhecimento cerebral. “A perda de capacidade de reconhecer o ambiente, representada por eventos como urinar fora da caixinha, procurar o comedouro e miar sem justificativa, é um sinal de envelhecimento cerebral”, alerta a médica da Royal Canin Sandra.

Cuidados com a alimentação

O envelhecimento cerebral também causa perdas sensoriais, como de paladar e olfato. Estes fatores, associados ao enfraquecimento e consequente perda dos dentes, pode tornar a alimentação mais difícil.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Gatos e a gravidez humana: mitos e verdades.






Gatos e a gravidez humana: mitos e verdades.





De todas as crenças que envolvem os gatos, a mais forte é a da toxoplasmose. Muitos culpam os felinos caseiros pela doença e até afastam gatos das suas próprias casas quando há alguma gestante achando que, desta maneira, a a futura mamãe estará livre da enfermidade.



Será mesmo?


Conversamos com a médica veterinária especialista em felinos domésticos Patrícia Yukito Montaño, que é parceira do HV Pró Vita para atendimentos especiais, para saber até o que é real e o que é mito desta história toda.

O que é a toxoplasmose?

É preciso saber antes de mais nada que a toxoplasmose é uma importante zoonose, sendo uma das infecções parasitárias mais comuns em todo o mundo que pode causar diversas alterações patológicas, principalmente em fetos e em pacientes imunodeprimidos.

Doutora Patrícia Montaño explica que os gatos são os únicos animais domésticos no qual este parasita completa o estágio sexual de seu ciclo de vida, eliminando formas infecciosas no meio ambiente por meio de suas fezes.

"Eles são importantes no ciclo de vida deste protozoário, mas muitas vezes são condenados erroneamente. É importante reconhecer que a principal forma de infecção ao homem não ocorre pelo contato direto com os gatos. Ela ocorre, principalmente, pelo consumo de carne contendo cistos do parasita, ou da ingestão acidental de oocistos esporulados das fezes de gatos contaminando alimentos como frutas, verduras e água" desmistifica a veterinária.

O papel do gato, assim como dos demais felídeos na toxoplasmose, consiste principalmente na perpetuação do parasita e na sua capacidade de contaminar o solo. "A possibilidade de transmissão para seres humanos pelo simples ato de tocar ou acariciar um gato, ou mesmo por arranhões e mordidas, é mínima ou inexistente, devido às características de eliminação do agente e de higiene destes animais" explica Patrícia Montaño.

Cuidado com as fezes, não com os pelos

O período de eliminação de oocistos, responsáveis pela enfermidade, através das fezes é muito curto de acordo com a médica veterinária: duração de uma a duas semanas, com estes oocistos levando três dias no ambiente em condições adequadas de umidade e temperatura para se tornarem infectantes.

Patrícia Montaño explica que dificilmente os oocistos permanecerão nos pelos, já que os gatos estão constantemente se limpando e durante o período de eliminação geralmente não ocorre diarreia. "É importante lembrar ainda que nem todo gato é portador. No caso dos portadores crônicos, estes dificilmente irão eliminar oocistos novamente mesmo após uma reinfecção, pois os gatos normalmente eliminam o agente apenas na primoinfecção, tornando-se imunes por toda a vida".

Gatos de prédios tem menos risco para gestantes.

A doutora anda explica que gatos que habitam apartamentos e se alimentam apenas de alimento comercial ou dietas caseiras apresentam menor risco de contato com o agente, e consequentemente um potencial de transmissão menor ainda.

"Principalmente no caso das gestantes, é necessário desmistificar que o simples fato de possuir contato com gatos durante o período gestacional, sem analisar os fatores de risco envolvidos para os animais e para estas mulheres, seja motivo para que elas tenham que se desfazer de seus animais. Evitar a exposição a gatos não significa evitar exposição aos oocistos. Portanto, considerando todas as outras fontes, o afastamento ou até a mesmo a eutanásia de gatos de estimação não soluciona o problema" explica a Patrícia.

Prevenção sempre

A especialista afirma que exames realizados previamente nas mulheres e nos seus gatos auxiliam na conduta profilática, pois gatos soropositivos para toxoplasmose já passaram pela fase de eliminação de oocistos e praticamente não apresentam riscos de transmitir a doença.

"Já para os gatos soronegativos, é importante que se mantenha este quadro através da restrição destes aos principais fatores de risco. E para as gestantes soronegativas, estas devem tentar evitar o contato com cistos teciduais e oocistos, mediante uma série de medidas simples e muitas vezes ignoradas, quando se leva em consideração apenas a presença de gatos na casa" conclui Patrícia.

Sobre Patrícia Yukito Montaño

Formada em Medicina Veterinária pela UFPR em 2007, realizou seu estágio curricular na 1a clínica exclusiva para gatos do Brasil, a Gatos & Gatos, localizada no Rio de Janeiro e comandada pela Dra Heloísa Justen. Tem mestrado na UFPR e atualmente é doutoranda na mesma instituição com pesquisa envolvendo transplante de medula óssea em gatos e o vírus da FeLV (leucemia viral felina). Além disso, faz atendimentos domiciliares exclusivamente para gatos pela empresa Saúde Felina desde janeiro de 2012.Sobre o Hospital Veterinário Pró VitaO Hospital Veterinário Pró Vita conta com profissionais qualificados e especialistas em diversas áreas para garantir o melhor atendimento, além de uma estrutura completa para internamento dos animais. Os bichinhos são supervisionados 24 horas por dia por profissionais preparados, que monitoram sua condição constantemente, e estão prontos para intervir com agilidade e precisão!



Hospital Veterinário Pró Vita
End.: Rua Victório Viezzer, 209 – Vista AlegreTelefone: (41) 3024-0816  Facebook

Fonte: http://www.paranashop.com.br/

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

O gato também pode ser o melhor amigo do homem.




O gato também pode ser o melhor amigo do homem.


para o The Hunffington Post por Priscilla Frank



O cachorro, como diz o ditado, é o melhor amigo do homem. Já os gatos são frequentemente associados a uma “dona”, no entanto, injustamente. O fotógrafo (e apaixonado por gatos) David Williams foi a campo para provar que expressar o lado masculino e assumir a adoração por felinos não são mutuamente exclusivos.


men





“Vi que a maneira pela qual a sociedade atribui [a questão de] gênero aos donos de animais é muito constrangedora”, explicou William ao The Huffington Post. “Como fotógrafo de retratos, estava interessado em capturar as relações de meus amigos com seus felinos. Também foi uma boa desculpa para sair com um bando de gatos!”.




As encantadoras fotografias de Williams capturam um momento íntimo entre um cara e seu gatinho. Alguns levam tatuagem, outros são barbudos, enquanto outros tomam uma cerveja na vizinhança. A mistura de estereótipos de gênero mostra a tolice desses símbolos arbitrários. “Quero mostrar que, independentemente dos estereótipos colocados sobre os donos de gatos, muitas pessoas descobriram a alegria que a companhia do felino pode trazer. Também gostaria de destacar quão importante é proteger seu animal de estimação!”.


Confira as fotos abaixo e veja se consegue evitar um sorriso. Rapaziada, sejam homens e mostrem seus gatos para os amigos esta noite.


  • quarta-feira, 19 de outubro de 2016

    20 Curiosidades sobre os Gatos.







    20 Curiosidades sobre os Gatos.
    por Ciência on Line



    Diversos estudos abordam temas relacionados aos pequenos felinos e à sua relação com os seres humanos. Conheça em seguida alguns desses estudos.


    1. História


    A aproximação entre gatos e humanos data de há 10 mil anos. De acordo com John Bradshaw, autor do livro Cat Sense, ela aconteceu em função das primeiras colheitas. Como os alimentos estocados atraíam ratos, os gatos combatiam os roedores.


    Aos poucos, os animais da espécie Felis silvestris foram sendo domesticados e deram origem a uma subespécie - batizada de Felis silvestris catus e popularmente conhecida atualmente simplesmente como gato doméstico.


    2. Personalidade


    Que palavra melhor define o seu gato: sociável, afetuoso, mal-humorado ou tímido? Os quatro perfis possíveis foram identificados por cientistas da universidade americana de Central Missouri num estudo com 196 donos de felinos.


    De acordo com o levantamento, a classificação vale tanto para machos quanto para fêmeas. E, ainda segundo os pesquisadores, gatos mais velhos tendem a ser mais introvertidos e menos curiosos que os gatos mais novos.



    3. Donos


    Gatos e cães têm tipos de dono diferentes. A descoberta é de pesquisadores da universidade de Carroll, nos EUA. Eles concluíram que os donos de cachorros são mais extrovertidos que aqueles que têm gatos - entre outras diferenças. Para os pesquisadores, é possível que as pessoas escolham um animal de estimação de acordo com sua própria personalidade.


    4. Hábitos


    Gatos mais caseiros têm os mesmos hábitos que seus donos. A descoberta é de pesquisadores da universidade italiana de Messina. Num experimento, eles analisaram a rotina de cinco felinos que viviam numa casa pequena, cinco que viviam numa casa maior e passavam a noite fora e seus respectivos donos.


    No fim, os cientistas perceberam que os gatos que viviam na casa menor tinham praticamente os mesmos hábitos que seus donos - apresentando horários de alimentação e sono parecidos e até engordando ao mesmo tempo.


    5. Miar


    Quando um gato mia, ele pode estar falando com você. É o que aponta um estudo realizado pela universidade americana de Cornell. Nele, 100 miados de 12 gatos foram submetidos à avaliação de 54 voluntários.


    Os participantes deveriam atribuir notas em função do grau de prazer ou aflição que sentissem a partir de cada miado. No fim, os cientistas perceberam que miados mais longos (típicos de quando o gato está com fome) receberam notas altas em aflição e baixas em prazer.



    6. Caixas


    A paixão de gatos por caixas é conhecida de quem convive com esse tipo de bicho. E ela tem uma explicação. De acordo com a veterinária Carolina Rocha, o fato dos felinos gostarem tanto de ficar dentro de caixas está relacionado ao comportamento natural da espécie.


    Por serem caçadores por natureza, os gatos tendem a se esconder e buscar um lugar seguro para vigiar possíveis presas. E, para eles, as caixas são ótimos esconderijos.

    7. Coração


    Ter um gato faz bem para o coração (e não apenas no sentido figurado). É o que aponta um estudo realizado com 4.500 pessoas durante 20 anos por cientistas da universidade de Minnesota, nos Estados Unidos.
    De acordo com o trabalho, os participantes que não criavam felinos tinham 40% mais chances de morrer de ataque cardíaco do que os donos de gatos. Os pesquisadores acreditam que isso possa estar relacionado com o efeito relaxante de se ter um bichinho desses em casa.


    8. Amigos


    Gatos podem aceitar transfusões sanguíneas de... cães. É o que prova a história do felino Rory. Após ingerir veneno contra ratos, ele recebeu sangue de um labrador e se recuperou completamente. "Ele não está latindo nem pegando o jornal", comentou sua dona após o incidente.


    9. Tigre


    Seu gato de estimação tem 95% do genoma de um tigre. É o que afirma um estudo realizado por cientistas da Fundação de Pesquisa do Genoma de Suwon, na Coreia do Sul. De acordo com o trabalho, os tigres (que são os maiores felinos do mundo) começaram a se diferenciar geneticamente dos gatos há aproximadamente 10,8 milhões de anos.


    10. Biometria


    Se tivesse um iPhone 5s, seu gatinho poderia desbloqueá-lo com sua própria pata por meio do leitor biométrico. Isso porque os felinos (assim como os humanos) têm impressões digitais únicas. O site TechCrunch fez o teste e provou que isso é possível.

    11. Clonagem


    Existem gatos clonados. A primeira experiência do tipo foi realizada por cientistas da universidade do Texas, nos Estados Unidos, em 2001. Bem-sucedido, o experimento deu origem à gata CC. A ideia do nome é fazer uma alusão ao termo "Cópia Carbônica".

    12. Fluorescente


    Um experimento resultou em gatos fluorescentes. Os animais tiveram seu genoma alterado e passaram a contar com genes de macaco. A finalidade da experiência era verificar se os novos genes ajudariam os gatos no combate ao vírus da imunodeficiência felina (FIV), espécie de HIV dos gatos.


    Além dos genes de macacos, genes de água-viva foram incluídos para identificar os gatos do experimento. No fim, a técnica se mostrou eficiente e os bichos ficaram com um brilho diferente.


    13. Visão


    Gatos têm um campo visual mais amplo que humanos. Porém, eles precisam estar mais perto de um objeto que nós para enxergá-lo com nitidez. Os dados são de pesquisadores do Animal Eye Institute e da Escola de Medicina Veterinária da universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.



    14. Gigante



    Para o seu gato, você é um gato gigante e dócil. É o que afirma o livro Cat Sense, do biólogo inglês John Bradshaw. De acordo com o especialista, isso fica patente quando um gato se esfrega no dono. Esse tipo de demonstração de afeto é comum entre os felinos.


    Segundo Bradshaw, a razão do fenômeno é o fato dos gatos nunca terem passado por cruzamentos para se tornarem mais dóceis - como aconteceu com os cães, por exemplo. Por conta disso, os felinos agem mais pelo instinto.


    15. Língua


    Os gatos têm um jeitinho especial de tomar líquidos, conforme descobriram cientistas do Instituto de Tecnologia do Massachussets, nos Estados Unidos. Eles não dão à língua a forma de uma concha que mergulham na bebida - como fazem os cães.


    Em vez disso, os gatos tocam com a língua a superfície do líquido. Então, puxam a língua rapidamente de volta - criando uma coluna com a bebida. E, antes que a gravidade faça a coluna cair, os gatos abocanham a líquido - ingerindo a maior quantidade de bebida possível com uma ajudinha da física.


    16. Predador


    Não se iluda com a fofura aparente dos gatos. Em grande quantidade, eles podem se tornar um problema para o meio ambiente. Um estudo publicado pela revista Nature Communications mostrou isso. Anualmente, os 84 milhões de felinos dos EUA matam entre 1,4 e 3,7 bilhões de pássaros e de 6,9 a 20,7 bilhões de mamíferos. 


    17. Esporotricose


    Nos últimos anos, a Fundação Oswaldo Cruz vem registrando um aumento no número de casos de pessoas infectadas por gatos com a esporotricose. Caracterizada por feridas que não cicatrizam, a doença é causada pelo fungo Sporothrix schenckii e pode ser transmitida por felinos contaminados por meio de mordidas, arranhões e outras formas de contato.



    18. Tuberculose


    Você sabia que gatos podem transmitir tuberculose? Dois casos foram registrados em março, na Grã-Bretanha. À época, cientistas da agência Public Health England afirmaram que roedores deviam ter passado para os felinos a doença, que afeta principalmente os pulmões (mas pode atingir outras partes do corpo).


    19. Suicídio


    Cientistas da universidade americana de Maryland descobriram uma ligação entre tentativas de suicídio entre mulheres e fezes de gatos. De acordo com os pesquisadores, as fezes dos felinos contêm o parasita Toxoplasma gondii (conhecido por causar mudanças de comportamento).


    Num levantamento com 45 mil mulheres, eles descobriram que aquelas que haviam sido contaminadas pelo parasita tinham uma vez e meia mais chances de tentarem suicídio do que aquelas que não haviam sido infectadas.


    20. Olinguito


    Cientistas do Instituto Smithsonian descobriram nas florestas da Colômbia e do Equador uma nova espécie em 2013. Batizado de olinguito (Bassaricyon neblina), o animal parece (mas não é) uma mistura de gato doméstico e urso de pelúcia. Segundo os pesquisadores, o olinguito é mamífero e tem hábitos noturnos



    terça-feira, 18 de outubro de 2016

    Uma história verdadeira: Christian o Leão.





    Uma história verdadeira: Christian o Leão.





    Resenha do livro Um Leão Chamado Christian, de Ace Bourke e John Rendall


    Em meados da década de 70, eles eram apenas dois jovens australianos recém-chegados em Londres quando encontraram um leãozinho à venda em um loja de departamentos chamada Harrods. Com medo de que o animal fosse entregue para um criador ilegal ou para um circo e vivesse uma vida de maus tratos, os rapazes resolveram comprar o pobre leão.






    Mesmo sem a mínima ideia de como deveriam criar um leão e sem espaço onde ele pudesse viver, Ace e John arriscaram e o trouxeram para a casa deles. Convenceram o dono do apartamento - que também era dono de uma loja no mesmo edifício - que o filhote de leão seria útil nos negócios (a loja se chamava Sophistocat) e atrairia mais clientes.












    Com autorização para morarem com o leão no porão da loja, os dois agora precisavam

    encontrar um lugar mais amplo onde o animal pudesse se exercitar. Felizmente, um padre da região acabou cedendo um jardim que ficava atrás da sua igreja para que o leão pudesse brincar.





    Apesar de ser um leão bem agitado, que adorava brincar com as pessoas e fazer pequenas bagunças na loja e no porão onde vivia, Christian era muito bem comportado. Ele não era violento e sabia obedecer seus donos, atraindo muitos clientes e curiosos para a loja em World's End.

    Mas Ace e John sabiam que essa alegria não duraria para sempre, e que um dia Christian cresceria muito e obviamente não poderia mais viver no porão de uma loja. Então, eles saíram em busca de alguém que pudesse oferecer uma vida melhor para o leão, quem sabe reabilitando-o para a vida selvagem.

    Inicialmente, eles conseguiram um lugar provisório no interior da Inglaterra, onde Christian teria mais espaço para viver tranquilamente até que pudesse ser entregue a alguém na África que o reabilitaria à sua vida natural.


    Várias semanas se passaram e Christian não parava de crescer. Felizmente, Ace e John encontraram George Adamson, que havia ficado famoso com "A História de Elza". George logo se dispôs a trazer Christian para a África e ensiná-lo a viver na natureza.


    A partir daí, o livro "Um Leão Chamado Christian" vai contar como foi o período de reabilitação do leão de World's End, como foram seus primeiros meses na África e como foi que Christian reagiu ao ter que conviver com os primeiros leões que encontrou na vida.



    A cena dos dois rapazes reencontrando Christian um ano após devolvê-lo ao seu habitat natural, na África, fez com que a história do leão que foi criado como um bichinho de estimação em Londres ficasse mundialmente conhecida.


    A imagem de Christian pulando no colo de seus antigos donos, Ace e John, provocou uma comoção mundial inesperada, mostrando que o amor e o afeto pode romper as barreiras da distância, do tempo e até mesmo das espécies.


    É certamente uma história emocionante, que vai cativar o leitor, mostrando o quanto a Internet pode influenciar na conscientização das pessoas acerca da preservação da vida selvagem e de como é importante 'superar os estereótipos que a sociedade impõe aos animais, diminuindo as diferenças entre nós e revelando nossas semelhanças'.