Gato preto, sete vidas e outras curiosidades.
Por que se diz que esses incríveis peludos têm sete vidas?
“O mais provável é que eles ganharam a fama por causa do seu sistema imunológico eficiente – já notou que é difícil gato ficar doente? – e por sua exímia agilidade, que lhes permite cair sempre de pé”, diz o zoólogo Carlos Alberts, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), especialista em comportamento animal. Mas por que sete e não outro número? O curioso é que a quantidade de vidas varia de uma parte do planeta para outra. Nos países de língua inglesa são nove, em vez de sete vidas. Os dois números têm um significado místico especial em diversas culturas e religiões. Na cabala, o sete é um dos algarismos de maior potência mágica e o nove não fica atrás, representando a vida e a abundância.
Ainda que seja impossível apontar a origem exata da lenda, acredita-se que ela esteja na Idade Média, quando se imaginava que as bruxas se associavam aos gatos, principalmente os pretos. Em 1584, no livro Beware the Cat (Cuidado com o gato), o escritor inglês William Baldwin dizia que “é permitido às bruxas possuírem o corpo do seu gato por nove vezes”. Outro inglês, John Heywood, reuniu, em 1546, uma coletânea de provérbios, dos quais um dizia que “a mulher, assim como o gato, tem nove vidas”. Já os árabes e turcos nada tinham contra os gatos (Maomé vivia cercado deles) e seus provérbios falam em sete vidas. É provável que tenham passado essa versão para espanhóis e portugueses na ocupação da Península Ibérica pelos mouros – que teve início no século VIII e durou quase 800 anos. A partir de Portugal, o mito das sete vidas felinas logo chegou ao Brasil.
Outra versão também é a de que durante a horrível Inquisição, no século XV, o papa Inocêncio VIII (1432-1492) chegou a incluir o pobre animal, o gato preto em especial, em sua lista de perseguidos pela Inquisição da Igreja Católica; porém ainda que a perseguição matasse tantos gatos, a população os criava às escondidas e esse bichanos se proliferavam, dando a impressão que não morriam.
A perseguição atingiu seu auge na Inglaterra do século XVI, época de repentino aumento da população felina nas cidades. Consta que, em certa noite de 1560, em Lincolnshire, um gato preto foi ferido a pedradas. Encurralado, ele refugiou-se na casa de uma velhinha que costumava dar abrigo a gatos de rua. No dia seguinte, essa pessoa também apareceu machucada – o que fez o povo local concluir que ela era uma bruxa e o gato, seu disfarce noturno.
Nessa tentativa de combater o paganismo, a Inquisição inverteu uma tradição milenar, pois os gatos eram reverenciados como divindades, principalmente entre os antigos egípcios. Na França, a perseguição aos gatos durou até 1630, quando foi proibida pelo rei Luís XIII (1601-1643). Há, no entanto, uma pesquisa do Hospital de Long Island, nos Estados Unidos, que indica que, pelo menos para pessoas alérgicas, o contato com um gato preto pode ter péssimos efeitos. Isso porque os pelos felinos dessa cor conteriam uma maior quantidade de substâncias alergênicas; mas esse assunto trataremos em outro artigo mais à frente.
Respeito, por motivos errados.
Na Pérsia antiga havia a crença de que quando se maltratava um gato preto, corria-se o risco de estar maltratando um espírito amigo, criado especialmente para fazer companhia ao homem durante sua passagem na Terra. Desse modo, ao prejudicar um gato preto, o homem estaria atingindo a si mesmo.
Respeito por motivos corretos.
Se o gato tem sete ou nove vidas, sejam pretos, brancos, rajados ou de quaisquer outras coloração é certo que não; todavia nós somos responsáveis por preservar a toda espécie animal, com todo o respeito já que são seres vivos e merecem a nossa atenção.
Fontes: Mundo Estranho, Wikipedia, HypeScience.
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