por canal do pet.
Muitas doenças podem atingir tanto cães quanto seres humanos, são chamadas de zoonoses. Algumas inclusive podem ser transmitidas entre as duas espécies. Mas existem maneiras de evitar essa contaminação. Dentre as várias enfermidades está a hipertensão - a pressão alta, que merece bastante atenção e pode ser perigosa.
Na verdade essa pressão alta ( hipertensão arterial sistêmica) é o aumento dos níveis de pressão nas artérias. Essa pressão sanguínea pode ser definida como a força que é gerada dentro dos vasos do corpo conforme o coração bate e, assim como recebe, envia sangue para outras partes do organismo do pet. Quanto maior a resistência dentro dos vasos sanguíneos, maior a pressão arterial e, inversamente, quanto menor a resistência, menor a pressão arterial.
Esse problema de saúde costuma atingir especialmente cães idosos, que já não tem um funcionamento de órgãos tão eficiente e pode o organismo tem mais dificuldade para digerir certos alimentos, por exemplo.
Os principais órgãos atingidos por essa enfermidade são os olhos, rins, cérebro e coração. E, apesar deafetar apenas 1 a 2% dos cães, é perigosa e é exige atenção dos tutores.
Quais as causas da hipertensão arterial nos animais?
Opostamente ao que costuma ocorrer com humanos, os animais a hipertensão costuma ser resultado de outras doenças ou disfunções do organismo. Mas existe ainda uma diferença entre os motivos que levam cães e gatos a desenvolverem esse problema.
No caso dos cachorros, normalmente as principais causas são a diabetes, obesidade, doença renal crônica e hiperadrenocorticismo (doença da supra renal). Já nos felinos, além de também poder ser a doença renal crônica, a cardiopatia e o hipertiroidismo são possíveis fatores determinantes para a pressão alta.
O animal apresenta algum sinal quando tem pressão alta?
Na verdade essa enfermidade é difícil de ser identificada, por ter sintomas comuns, que podem parecer qualquer outra doença. Alguns dos sinais apresentados são:
- Desmaios, fraqueza e tontura
- Beber água e urinar mais do que o normal
- Andar em círculos
- Cansaço constante
- Sangramentos no nariz
- Dificuldade para respirar (respiração ofegante) e tosse
- Dificuldade para praticar exercícios
- Tosse constante
- Visão prejudicada
- Ansiedade e hiperatividade
- Urina com sangue (especialmente em gatos)
- Ansiedade e agitação
- Alterações nos olhos, como pupila dilatada ou sangramento
Como medir a pressão do animal e diagnosticar a hipertensão?
Se o animal apresentou sinais como os citados acima, pode ser hipertensão ou qualquer outro problema de saúde. Só quem saberá dizer é o veterinário, após alguns exames. É também uma forma de identificar o tipo de causa da hipertensão: primária ou secundária - quando é resultado de uma outra doença, como a diabetes.
Há dois métodos para medir a pressão arterial nesses animais. O objetivo da forma direta e da indireta é calcular a pressão sistólica (a maior pressão durante o ciclo cardíaco e a menor pressão exercida pelo coração na hora de irrigar o corpo com o sangue). A pressão arterial média (ou média) também é calculada, usando os resultados de pressão arterial sistólica e diastólica (do recebimento e do envio de sangue por parte do coração).
O método direto envolve um dispositivo, que é introduzido em uma das principais artérias do paciente. Apesar de ser mais certeiro, o cateterismo arterial é questionável por ser muito invasivo.
O Doppler também pode ser uma alternativa para mensurar a pressão do animal. Essa tecnologia amplifica o som da pulsação. Mas para usar esse método o pet deve estar o mais calmo possível, uma vez que vários fatores podem alterar o resultado. Estresse, tensão e dor, por exemplo, podem deixar o cão ou gato agitado e por isso às vezes um único exame não é suficiente. Especialmente no caso de cachorros com mais de cinco anos, esse tipo de verificação pode ser mais eficaz.
Para evitar diagnósticos deturpados, o ideal é garantir que o cão e o felino estejam na posição certa, já que o estresse nem sempre consegue ser evitado. O cachorro deve ser contido por alguém que conhece, como o próprio tutor, para conseguir ficar mais quieto. Já os gatos podem ficar na posição mais confortável para eles, de maneira bem natural, para ficarem menos irritados. Esses bichinhos costumam sofrer mais na hora de ir ao veterinário.
Depois de diagnosticada a hipertensão, o que fazer?
É necessário haver uma continuidade para mensurar a pressão arterial. O ideal é que aqueles animais com hipertensão passem pelo exame a cada três meses. Outros testes, como uma avaliação sanguínea completa e um exame de urina devem ser realizados a cada seis meses.
O tratamento pode ser feito a base de medicamentos (assim como humanos) indicados pelo veterinário. Normalmente esses remédios são vasodilatores e atuam na melhora dos vasos para aguentarem maior fluxo sanguíneo.
Cuidados com o corpo também são importantes como praticar mais atividade física, além de mudanças na dieta do animal. Isso principalmente quando a causa da pressão alta é o sobrepeso.
As doenças que possivelmente provocaram a hipertensão devem ser tratadas. Assim, a tendência é a hipertensão ser curada.
Se não for tratada da maneira adequada, a hipertensão pode deixar sequelas nos animais e afetar vários órgãos. Dentre eles estão o cérebro, que pode causar derrames e AVC (Acidente Vascular Cerebral), nos rins pode agravar a insuficiência renal e perda de proteínas, além de levar ao descolamento de retina e à cegueira e ainda implicar em um edema pulmonar.
Fonte: canaldopet.ig.com.br
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