terça-feira, 6 de março de 2018

Gatos no cinema – As mais marcantes histórias desses adoráveis felinos











por Redação de (cabinecultural.com)

Imagem de kamikazes.tv


A diferença que separa a participação de cachorros da de gatos em filmes ainda é bem grande, e enquanto que facilmente listamos vinte, trinta filmes estrelados por cães, para gatos fica a difícil tarefa de procurarmos uma quantidade mínima significativa.

Mas o trabalho vale à pena, pois entre os exemplos que conseguimos se encontram filmes maravilhosos, emocionantes, divertidos e uma obra-prima da sétima arte, que será o primeiro filme da lista, obviamente.

E aqui temos de tudo um pouco: gatos criados no computador, gato que virou febre em desenho animado, gato protagonista, gato melhor amigo do protagonista e gato que é o assunto central do filme, mesmo que o filme em tese não tenha relação alguma com o bichano.

Enfim, mais uma lista cinematográfica bem interessante, para enriquecer ainda mais o acervo de filmes dos nossos leitores.








Bonequinha de Luxo (1961) – Filme de Blake Edwards, Bonequinha de Luxo é uma verdadeira obra prima do cinema, que deve ser visto ao menos uma vez por ano. Além de uma história bem cativante, e de uma protagonista do nível de Audrey Hepburn, o filme conta com a importante participação do gato, criativamente chamado de ‘Cat’. Cat era o gato que morava no apartamento de Holly Golightly (Audrey Hepburn). Um fato curioso do filme é que Hepburn, que sempre foi amante de gatos e da causa animal, afirmou que a cena em que ela joga Cat na rua num dia de chuva foi a coisa mais degradante que ela já teve de fazer em um filme. Outro dado curioso é que foram contratados nove felinos para se revezarem no papel de Cat, numa prática bem comum, já que não dá para jogar nas costas de um único animal a responsabilidade de atuar em um filme.


Balada De Um Homem Comum

Balada De Um Homem Comum (2013) – Llewyn Davis (Oscar Isaac) é um cantor e compositor que sonha em viver da sua música. Com o violão nas costas, ele migra de um lugar para o outro na Nova York dos anos 60, sempre vivendo de favor na casa de amigos e outros artistas. O filme é uma espécie de biografia de alguém que nunca alcançou o sucesso. Llewyn é solitário, alheio a relacionamento e talvez a relação mais íntima criada por ele no filme tenha sido com um gato (chamado Ulisses) do vizinho que ele deixara escapar. O gato ocupa grande parte do filme e acaba servindo como metáfora para momentos e comportamentos de sua vida. O filme é recente, sensacional e merece ser visto.

Garfield (2004) – Vamos agora ao mais famoso dos gatos do cinema, dos quadrinhos e dos desenhos animados: Garfield (a adaptação das tirinhas de Jim Davis para o cinema não empolga enquanto filme, mas vale até a pena ver). O filme, de 2004, foi estrelado por Breckin Meyer, Jennifer Love Hewitt, Stephen Tobolowsky e Bill Murray, sendo dirigido por Peter Hewitt. Uma sequência intitulada Garfield 2 foi lançada em 2006 e também não empolgou muito em termos de narrativa. Tem alguns pontos interessantes sobre Garfield, e principalmente sobre os seus hábitos. Primeiro: realmente é normal gatos dormirem a maior parte do dia, não é preguiça, eles só estão economizando energia para caso precisem em alguma caça, briga… e segundo: apesar dele aparecer devorando litros de leite, devemos salientar que gatos são intolerantes a lactose, então não é bom oferecer leite de vaca para gatos, principalmente em grandes quantidades.

Minoes, a Mulher Gato (2003) – Falaremos de dois filmes aqui: o primeiro, o Mulher Gato protagonizado pela linda Halle Berry, que até já ganhou o Oscar de atriz. Este Cat Woman, americano, é um dos piores filmes sobre gatos e sobre qualquer outro assunto já vistos. Já este do exemplo, Minoes, a Mulher Gato, não tem nada a ver com este outro. No começo do filme, Minoes é uma gata de verdade, que toma um líquido misterioso e vira humana. Como ela vivia dentro de uma casa e com a nova aparência não poderia voltar para seus donos, Minoes é forçada a ser uma vira-lata e, por mais estranho que possa parecer uma mulher vivendo nos telhados de uma cidade, essa começou a ser a vida dela. Até que ela conhece um jornalista que nunca consegue fazer reportagens. Ela começa a trocar notícias – que consegue com a imprensa dos gatos – por casa, comida e roupa lavada. Assim, ela e o seu novo donocomeçam a investigar um falso benfeitor da vizinhança. Um filme fantasia, produzido na Holanda, e de uma criatividade muito grande. Pouco conhecido, vale a pena dar uma olhada, pelo filme e pelo felino.


Garfield

Harry, o amigo de Tonto (1974) – Este filme aqui é clássico, premiado e bem comovente. Conta a história de Harry Combes (Art Carney), que depois de ser obrigado a deixar o apartamento onde viveu a vida toda, ele, com 72 anos de idade, resolve fazer uma viagem para ver seus filhos e netos, despedir-se de amigos e conhecer coisas que nunca teve tempo antes. sempre em companhia de seu inseparável gato, Tonto. O filme deu o Oscar de melhor ator para Art Carney, mas deveria também ter dado ao lindo gato da trama, que possui o mesmo poder de emocionar que seu protagonista. Lindo, comovente, uma espécie de jornada de autoconhecimento feita com o melhor companheiro que um ser humano poderia desejar: um lindo gato.



Gato de Botas (2011) – O Gato de Botas começou a sua vida cinematográfica (ao menos esta fase) no grande sucesso Shrek. Como seu personagem acabou ganhando destaque, sobretudo pelo carinho do público, na sua maior parte infanto-juvenil, não havia outra escolha para o estúdio DreamWorks Animation senão produzir um filme só com o bichano. E nele temos o Gato de Botas (Antonio Banderas) sendo um foragido da justiça de São Ricardo por roubar o banco da cidade em cumplicidade com o ovo Humpty Alexandre Dumpty (Zach Galifianakis), que foi preso. A partir daí ele vive fugindo, até que um dia resolve voltar a cidade para se redimir. Em um bar dois homens contam a ele que o casal de bandidos Jack e Jill haviam conseguido os famosos feijões mágicos da história. A animação, que ganhou uma série na Netflix, é linda, bem feita e diverte do início ao fim. Aqui temos um gato herói, mas que continua sendo um gato, dos mais lindos e representativos do cinema de animação.


Chatran – As Aventuras de Chatran (1986) – Um irrequieto gatinho amarelo vivia com seus irmãos em um rancho no norte do Japão. um dia, brincando com seu amigo cachorro, foi esconder-se numa caixa que caiu num rio e foi levada pela correnteza. E é a partir daí que começa a aventura dos dois pela floresta, tem início uma jornada com direito a quedas d’água, ursos, cobras, chuvas, fome, abutres, buracos, guaxinins e raposas, enquanto Puski vem correndo pela floresta à sua procura. Antes de tudo, é melhor comprar lenços, pois será difícil guardar o choro em um filme como este. A história, guardadas suas proporções, serve como uma jornada de autoconhecimento e amadurecimento para o gatinho, e essa é uma das maiores belezas do filme. Como é dos anos 1980, fica mais difícil de encontrar, mas encontrando, vale muito a pena assistir, de preferência com o seu felino no colo.


Chatran – As Aventuras de Chatran

Um Gato em Paris (2010) – Linda animação francesa, bem recente e que traz na sua estética o grande ponto forte do filme. A trama conta a história de Dino, um gato que divide a vida entre duas casas. Durante o dia ele fica ao lado de Zoé (Oriane Zani), a filha de Jeanne (Dominique Blanc), que é delegada de polícia. À noite ele acompanha Nico (Bruno Salomone), um ladrão de grande habilidade que perambula pelos tetos de Paris em busca de novos roubos. Jeanne investiga vários roubos de joias e ainda precisa proteger o Colosso de Nairóbi, um monumento famoso cobiçado por Victor Costa (Jean Benguigui). Dino é testemunha de tudo o que acontece com seus dois donos e, por causa disto, vive várias aventuras. O lindo desenho tem ação, suspense e drama, e empolga quem assiste do início ao fim. O gato não é real, mas dá vontade de pegá-lo pra levar para casa e cuidar como se fosse seu filho. Bela animação, fácil de encontrar.

Miss Minoes


A Incrível Jornada 1 e 2 (1963/1996) – Esses são belos exemplos de filmes sessão da tarde que passam todos os anos e exatamente todos os anos nós assistimos e nos emocionamos com esses três animais, dois cães e uma linda gatinha, que rouba a cena, cá entre nós. No primeiro filme, o de 1963, a história é sobre A família Hunter, que deixa seus três belos animais de estimação, um gato e dois cachorros, sob os cuidados de seu vizinho John (Emile Genest) para que eles possam tirar férias. Porém, uma sucessão de equívocos faz com que os animais se percam, tendo que embarcar numa aventura para voltar ao lar. A história do segundo é semelhante e ambos trabalham uma ideia bem comum aos animais, principalmente aos gatos: eles amam estar em suas casas. Aquela suposta lenda de que, mesmo deixando seu gato a quilômetros de distância da casa, ele consegue arranjar um jeito de voltar, acaba não sendo tão lenda assim, e de fato os felinos possuem uma capacidade de percepção de espaço e lugar muito aguçada. Os filmes emocionam por isso, por mostrarem que os animais amam os seus donos (pais humanos) e fazem de tudo para estarem perto deles, mesmo que tenham que cruzar uma cidade, um país.
Bônus

Outros filmes: Como Cães e Gatos 1 e 2 (razoáveis), Os Aristogatas (muito bom), Entrando numa Fria (legal, mas nem tanto), As Três Vidas de Tomasina (lindo, mas muito difícil de encontrar) e O Reino dos Gatos (animação japonesa, linda, vale a pena ver).


Música: e para os amantes da boa música, fica a dica para assistirem ao vídeo clipe de Ed Sheeran, Drunk. A canção, do seu aclamado primeiro álbum, mostra uma noitada de Ed com seu gato de estimação. Uma bagunça só, mas quem gosta de gatos vai amar este vídeo.




Série de televisão: vai somente uma dica, e é justamente a melhor comédia da história da televisão americana, Friends. A personagem Phoebe não só se envolveu com a felina, como fez uma música, a mais famosa da série, depois da canção de abertura, chamada Smelly Cat (gata fedida). Tem até vídeo clipe oficial:



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